24 julho, 2011

Bwin patrocina FIBA (Basquetebol) até 2014


O site Bwin.party, que faz parte do grupo austríaco Bwin, anunciou a renovação do seu contrato de patrocínio com a Federação Internacional de Basquetebol (FIBA). O novo acordo tem validade até final de 2014, e envolve todos os eventos oficiais realizados pela entidade nesse período. Esta acção, segue a linha de alianças da empresa líder no segmento de apostas desportivas online que está presente em algumas das principais competições mundiais, tal como clubes desportivos.

Norbert Teufelberger, Co-CEO do Bwin.party, disse: “A promoção do desporto sempre foi um componente essencial da história da nossa marca. Basquetebol, futebol e motociclismo são os três pilares da nossa estratégia de patrocínio."

Actualmente com 3100 empregados, a Bwin.party tem escritórios na Europa, Índia, Israel e Estados Unidos. Em 2010, a empresa gerou uma facturação total de 830,1 milhões de euros.

Como parte do acordo, a Bwin.Party vai promover alguns dos eventos mais importantes da FIBA, incluindo o Eurobasket, o campeonato do mundo e as eliminatórias de classificação para os Jogos Olimpícos. Todos estes acontecimentos desportivos, poderão ser acompanhados via internet no stream do site da Bwin.

Também a FIBA mostra-se bastante satisfeita com a aliança alcançada. A Federação Internacional de Basquetebol acredita que o acordo é uma grande plataforma para obter patrocínios especialmente para o basquetebol internacional, um mercado que está a ter um crescimento bastante rápido. A FIBA também informou que está a trabalhar com Bwin.Party no sentido de combater as apostas ilegaismanipulação e combinação de resultados.

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20 julho, 2011

Bundesliga lider europeu de público nos estádios


O futebol alemão, nomeadamente a Bundesliga poderá não ser a mais atractiva para os amantes do futebol, mas continua a dar lições a todas as outras pelo seu crescimento económico e social sustentado. Estádios cheios, equipas competitivas, bons patrocínios, gestões rigorosas e equilibrio financeiro entre as aquisições de jogadores e vendas, coloca a Alemanha numa situação privilegiada para encarar sem receios o rigoroso plano da UEFA - o chamado fair-play financeiro.

Só para terem noção, a Bundesliga na época 2010/2011 apresentou a espantosa média de público de 42.101 pessoas por jogo. Número impulsionado pela numerosa falange de adeptos do actual campeão Borussia Dortmund, com a média de sonho de 78.416 pessoas e do Bayern de Munique, 69.639 por jogo. A melhor média da Europa pode ser explicada por alguns factores: os novos estádios construídos para o campeonato do mundo de 2006 e os preços baixos dos bilhetes para os espectáculos desportivos em relação às outras quatro principais liga de futebol da europa.

O preço do bilhete anda em média nos 12 euros. Os clubes alemães limitam o número de lugares anuais para terem a certeza de que todos tem a oportunidade de ver os jogos da sua equipa do coração e, a equipa visitante, detém 10% dos direitos da capacidade do estádio em dia de jogo.

A Bundesliga é, provavelmente, a competição mais saudável financeiramente a nível europeu. Toda a gestão financeira é prudente, apesar de o rendimento da Bundesliga em termos televisivos ser de 362 milhões de euros em comparação com o lucro da Premier League de 649 milhões euros.

Casos de presença de milionários estrangeiros no futebol alemão é utopia. Segundo as regras, os clubes têm obrigatoriamente de deter 51% dos seus direitos. Outra realidade curiosa, é a obrigatoriedade dos clubes participantes nas competições profissionais na Alemanha de possuirem Academia de formação para os mais jovens.

O valor de compras de jogadores foi de 217.100 milhões de euros e as vendas renderam 218.580 milhões de euros com um rácio positivo de 1.480.000 €. Neste segmento, Portugal é líder europeu com 91.415 milhões de euros positivos entre compras e vendas de jogadores.

Nas competições europeias o bom desempenho dos clubes germânicos também se reflete. Sem grandes loucuras económicas, os bons resultados em campo renderam à Alemanha a terceira posição no ranking de clubes da UEFA, ultrapassando os italianos no número de lugares disponíveis para a Champions League e Liga Europa.

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14 julho, 2011

Jogo online: Autoridades Reguladoras de França e Itália em uníssono


França e Itália, países com mercados de jogo e apostas na internet já devidamente legislados assinaram um acordo de parceria de forma a adoptar medidas conjuntas para o sector. ARJEL (França) e AAMS (Itália), orgãos de competência reguladora dos respectivos mercados, têm como objectivo criar um plano de trabalho sobre questões como a integridade e privacidade dos utilizadores/jogadores e assuntos relacionados com a regulação da indústria.

Franceses e Italianos apresentam modelos de negócio muito semelhantes, aliado o facto de terem também certas operadores de jogo online com licenças para operar em ambos os países.

Recentemente, a União Europeia manifestou a sua preocupação com a diversidade das legislações sobre a indústria de jogo online entre diferentes estados-membros. A União (EU) está interessada em trabalhar tanto com os reguladores como também com as autoridades da indústria para estabelecer uma regulação uniforme e tudo parece indicar que já se estão a dar os primeiros passos para a construção de um mercado unificado de jogo online na Europa, como comprova a introdução do Livro Verde.

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07 julho, 2011

Ranking Clubes Portugueses na UEFA: Objectivo 2011/12 - passar a França!


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Existem diversos tipos de ranking no futebol que influenciam a prestação dos clubes portuguesas nas competições europeias. Quanto mais alto for o conjunto dos resultados das nossas equipas, mais estas terão as portas facilitadas para entrar por exemplo numa fase de grupos da Liga dos campeões ou Liga Europa. O caso mais evidente, foi a histórica prestação alcançada na época 2010/2011, com um total de 18.800 pontos que pulverizou qualquer outra nossa prestação europeia a nível de clubes. Portugal terá na temporada 2012/2013 dois clubes com entrada directa na Champions League e um terceiro na eliminatória anterior aos play-off da mesma competição.

O coeficiente dos países numa época é calculado com a soma de todos os pontos divididos pelo número de equipas. Por exemplo, na época 2010/2011 Portugal, foi campeão coeficiente da UEFA com cinco equipas presentes nas competições europeias. Muito graças às excelentes prestações de FC Porto, vencedor da Liga Europa, Braga, vice-campeão, e Benfica, semi-finalista. Além destes, Sporting e Marítimo também somaram alguns outros. A boa prestação individual dos respectivos clubes é também deveras importante, devido a possibilidade de aceder a cabeça de série ou passar para os primeiros potes nas fases de grupos.

O FC Porto, ao todo, alcançou 28 pontos, o Braga 25, o Benfica 22, o Sporting 13 e o Marítimo 4. Somados, chegaram a 94 pontos. Esta pontuação dividida pelos cinco clubes deu a média de 18,800.

A este valor (18.800) é somado ao das quatro épocas anteriores para formar o ranking geral. São relacionadas, portanto. actualmente: 2006/07, 2007/08, 2008/09, 2009/10 e 2010/11. Portugal, com seus 18,800, soma 8,083, 7,928, 6,785 e 10,000 para formar o total: 51,596 pontos. É o sexto país no ranking da UEFA, atrás da Inglaterra (85,785), Espanha (82,329), Alemanha (69,436), Itália (60,552) e França (53,678).

O nosso actual sexto lugar está portanto a pouco mais de 2 pontos da quinta classificada França. Caso Portugal ultrapasse os gauleses o terceiro classificado da Liga Portuguesa entrará directo nos play-off da Liga dos Campeões.

Os campeões dos 12 primeiros países no ranking entram directo na fase de grupos da Liga dos Campeões. Os rstantes passam pelas fases eliminatórias.


Ranking de países na UEFA

A UEFA adopta um sistema que conta o desempenho dos clubes nas últimas cinco temporadas nas competições europeias. Esse é o chamado coeficiente, que a entidade usa para calcular o rendimento dos países e assim distribuir as vagas por critério técnico. É por isso que as ligas mais fortes conseguem ter mais equipas do que as menos poderosas. Algo rotativo, já que as ligas vão perdendo ou ganhando força com o passar dos anos – em 2003, a Espanha liderava, a Itália era a segunda e a Inglaterra era a terceira, com a Alemanha na sequência.

Durante esse período de cinco anos do ranking, cada equipa ganha dois pontos por vitória e um por empate em jogos de competições europeias. Há ainda pontos de bónus para quem chega à fase de grupos da Liga dos Campeões (quatro) e da Liga Europa (dois, no mínimo, caso o clube não alcance essa pontuação com os pontos por jogos). As equipas que são eliminadas nas fases preliminares recebem pontos de acordo com a fase – quanto mais adiantada, obviamente, mais pontos.

Quem se classifica para os oitavos de final da Champions League ganha cinco pontos de bónus. Um ponto adicional é dado a cada passagem na eliminatória a partir daí - quartos de final, meia-final e final, sendo que neste caso vale também para a Liga Europa. Não existe pontuação adicional para quem é campeão, mas nem precisa, já que ao chegar à grande final, o clube ganha necessariamente muitos pontos.

Ranking de clubes da UEFA


A UEFA tem também um ranking de clubes, que é usado para definir os cabeças de série. É por causa desse ranking, por exemplo, que o Manchester City não seria cabeça de série na pré-eliminatória da Liga dos Campeões e poderia enfrentar clubes como o Bayern Munique. Como conseguiu ficar em terceiro lugar na Liga Inglesa, o Arsenal, quarto classificado, por ter um ranking alto, não enfrenta os alemães, que também têm uma boa posição na classificação. Ambos serão cabeças no sorteio dos play-off.

O cálculo para a pontuação de um clube é simples. A pontuação total da equipa é somada a 20% do coeficiente do país. Como exemplo, vejamos o caso do Manchester United, clube que pontuou na época 2010/2011. Os Reds Devils fizeram 33 pontos, que somados a 20% do coeficiente da Inglaterra (3,6714 pontos), chegou a 36,6714 pontos. O Barcelona, segundo classificado na temporada passada, somou os mesmos 33 pontos, que adicionados a 20% do coeficiente da Espanha (3,6428), totaliza 36,6428 pontos.

Isto significa que o clube está dependente do desempenho dos clubes do seu país. Um mau desempenho das outras equipas locais pode fazer com que alguém que tenha boa prestação acabe por sentir as consequências na próxima época.

Foi o que aconteceu com a Rússia recentemente. Antes do início da última temporada, os russos eram sextos classificados no ranking da UEFA. Viu Portugal, que teve desempenho espectacular, passá-los e assumir a sexta posição – não esqueçer, que Portugal arrancou para a época 2010/2011 apenas em nono lugar.

A queda de uma posição no ranking UEFA representa a perda de uma vaga na Liga dos Campeões. Anteriormente a Rússia colocava três clubes na principal competição da europa, sendo dois deles directamente na fase de grupos. Com a queda, quem passa a ter esse direito é Portugal. A Rússia passa a enviar apenas dois representantes para a Champions, sendo um deles para a fase de grupos e outro para a pré-eliminatória. O desempenho de Benfica, Braga e principalmente do FC Porto foi fundamental para Portugal troque com os russos.

Quem também perdeu e muito, foi a Itália. A vitória na Liga dos Campeões do Inter de Milão de Mourinho em 2009/2010 apenas adiou a ultrapassagem da Alemanha aos "azurros". A vitória contra o Bayern Munique valeu com que a Itália terminasse com um coeficiente 15,428, o quarto melhor nessa época, com a Inter a liderar a prestação europeia dos italianos, com 31 pontos. O ranking italiano chegou aos 64.338 pontos, contra 64.207 da Alemanha, país que mais fez pontos em 2009/2010. Uma diferença mínima.

No entanto, a ultrapassagem da Alemanha sobre a Itália era iminente. A pontuação de ambos esta renhida e o desempenho alemão estava bastante superior aos italianos. Tanto que, ena época passada (2010/11), os alemães deixaram os transalpinos para trás, consolidando asua posição como terceira força da Europa.

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01 julho, 2011

Manchester City finta Fair Play Financeiro?


Discutivel a forma como mega milionários têm chegado ao futebol e provocado autênticas loucuras no mercado de transferências de jogadores, a UEFA acordou para esta realidade e desenhou um modelo onde os clubes europeus terão que respeitar a regra do fair-play financeiro com os resultados a serem apresentados na época 2013/2014. A dívida agregada dos principais clubes europeus totaliza 578 milhões de euros. Cerca de 65 por cento das receitas geradas foram gastas em salários, e 47 por cento dos clubes registaram perdas.

Para cumprirem o requisito da exigência do reequilíbrio financeiro, os clubes não poderão gastar mais do que as receitas que conseguem gerar. Os clubes vão ser avaliados numa base de risco, levando em linha de conta dívidas e salários praticados. Têm ainda que assegurar que cumprem os seus compromissos pontualmente. As medidas publicadas visam ainda estimular investimentos a longo-prazo em áreas como o desenvolvimento jovem e a melhoria de instalações desportivas.

Num sinal de antecipação, o Manchester City contornou esta politíca uefeira com a concretização de um acordo de patrocinio do seu estádio por 110 milhões de euros. O maior valor de sempre na venda dos “naming rights” e que levou o dono do City, o sheik Mansour bin Zayed Nahyan a trocar o "City of Manchester" por estádio Etihad Airlines. De acordo com o último relatório anual, os "citizens" tiveram perdas de 121 milhões de libras (cerca de 135 milhões de euros).

Este negócio vai permitir obviamente aumentar a facturação e garantir ao mesmo tempo a continuação em força do Manchester City no mercado de transferências sem beliscar a regra de fair play imposta pela UEFA. Serão "jogadas" deste tipo que os clubes mais poderosos da Europa vão continuar a fintar as leis de mercado.

O primeiro ponto da discussão é sobre a justiça desta regra fair-play da UEFA. Este sistema, afinal, não servirá para perpetuar os actuais clubes milionários? Será justo que Chelsea e Manchester United (a exemplo) tenham podido gastar o que quisessem para construir grandes equipas no passado que permitiram aumentar a visibilidade e, com isso, aumentar as suas receitas, e que qualquer outro clube que venha a ser comprado não possa? Parece evidente que não.

Por outro lado, poderia a UEFA assistir de sofá à circulação destas fortunas no jogo, muitas vezes sem que se saiba se e quando ele vai sair? Imaginemos que o dono do Málaga ou Paris SG serão bem sucedidos nos seus projectos em levar as equipas à Champions League. E que, quando isso acontecer, abram cordões à bolsa para contratar os melhores jogadores do mundo e tudo corria mal na fase de grupos e os donos milionários abandonavam o projecto. Quem iria depois suportar (pagar) as dívidas?

Para além disso, qual é a justiça de um clube médio, um Sevilha, uma Roma por exemplo, ser bem administrado, conseguir subir degrau a degrau para que, do dia para a noite, chegar um milionário e “comprar” uma presença na Liga dos campeões? Por outro lado, qual é a justiça de Real Madrid, Barcelona, Liverpool e Manchester United possam gastar 10, 20, 50 vezes mais que os outros clubes porque facturam mais do que os restantes?

Também parece evidente que não. A UEFA viu o problema, sabe que para resolvê-lo teria que dividir de maneira mais equilibrada o dinheiro que entra, mas também sabe que não tem poder para bater-se com os grandes emblemas. Estabeleceu, portanto, um sistema, que pouco ou nada resolve e ainda poderá acentuar a diferença entre ricos e pobres.


O que o caso do Manchester City prova, entretanto, não é só que o sistema é injusto. É que é impossível de ser implementado. A UEFA já avisou que vai monitorizar a cedência do "naming" do estádio para verificar se os valores envolvidos fazem sentido. Muito bem: porque não monitorizam o patrocínio do Barcelona (Qatar Foundation), valor milionário, e que será pago por uma fundação que, em tese, não visa lucro? Porque será apenas o Manchester City suspeito de “lavagem de dinheiro”?

Para além disso, suponhamos que a UEFA inviabilizava o negócio do "naming" do estádio do Manchester City. O que impediria o sheik Mansour bin Zayed Nahyan de mandar comprar 5 milhões de camisolas do clube para oferta? Ou ainda, pagar somas estronómicas para realizar particulares com a equipa de reservas do City? Quem é que iria apurar se todas as receitas dos clubes são justas? Vão apurar também as receitas do Barcelona, ou só do Manchester City?

O debate é amplo, e não parece que a UEFA tenha esgotado todos os seus trunfos. O que definitivamente não é justo é que apenas o Manchester City mereça a atenção dos dirigentes europeus.

10 maiores contratos concretizados por clubes de futebol europeus
(valor total em dólares):

10 - AC Milan e Emirates Airlines: $83 milhões por três anos ($27,6mi ao ano)
9 - Real Madrid e Bwin: $88 mihões por três anos ($29,3mi ao ano)
8 - Bayern de Munique e Deutsche Telekon: $115 milhões por três anos ($38,3mi ao ano)
7 - Liverpool e Standard Chartered: $130 milhões por quatro anos ($32,5mi ao ano)
6 - Arsenal e Emirates Airlines: $160 milhões por quinze anos ($10,6mi ao ano)
5 - Chelsea e Adidas: $160 milhões por dez anos ($16mi ao ano)
4 - Barcelona e Nike: $210 milhões por cinco anos ($42mi ao ano)
3 - Barcelona e Qatar Foundation: $235 milhões por cinco anos ($47 ao ano)
2 - Juventus e Tamoil: $265 milhões por dez anos ($26,5mi ao ano)
1 - Manchester United e Nike: $486 milhões por treze anos ($37,3mi ao ano)

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27 junho, 2011

Perspectivar o novo Sporting 2011/2012


De cara lavada, o Sporting parece querer finalmente demonstrar que está pronto para acordar da longa depressão das últimas duas épocas. Dois anos negros que pintaram os piores resultados desportivos da história do clube leonino. Para já, ainda não existe pontos ou competições para disputar, mas a forma enérgica como o Sporting se apresentou no mercado de transferências pode pelo menos fazer renascer a velha máxima do antigo líder sportinguista Sousa Cintra - "este ano é que é".

Depois de José Eduardo Bettencourt ter abandonado precocemente o projecto presidencial, em Janeiro último, e de ter falhado redondamente em todas as àreas, o Sporting atravessou um intenso período eleitoral culminando com a eleição de Godinho Lopes, no final de Março. No discurso de vitória, prometeu a contratação de nomes fortes e de um treinador português, jovem e ambicioso. Quatro meses depois, não se pode dizer que os Leões não estão a trabalhar, ainda que os efeitos dessa "movimentação" sejam uma incógnita.

De Maio até agora, passaram cerca de dois meses, e de lá para cá, chegaram 14 novos reforços, além do regresso dos vários emprestados e da promoção de alguns juniores. Dos nomes vindos a público na altura das eleições, é verdade que apenas Domingos Paciência (treinador) e o defesa peruano Rodríguez (Sp. Braga) são parte das promessas ao sócios. Segundo o presidente Godinho Lopes, cerca de 20 milhões de euros - o orçamento previsto era de 30 milhões - já foram investidos em reforços. Ao mesmo tempo, outros jogadores foram dispensados, para aliviar a folha de salários. Entre os nomes já contratados, várias surpresas (algumas até positivas, outras passíveis de observação e, claro, jogadores que inicialmente soam como desnecessários).

Na baliza está o nome que, num primeiro momento, soa inexplicável. O Sporting já tinha três guarda-redes e parecia decidido a manter Rui Patrício, Tiago e Vítor Golas. Eis que chega, do Marítimo, Marcelo Boeck. Em tese, para ser o suplente directo de Rui Patrício, mais ou menos nos moldes da chegada de Hildebrand no último ano.

No sector defensivo, considerado um dos mais delicados da equipa, ganhou uma variedade interessante de opções. Na defesa, além de Rodriguez, chegou o norte-americano Oguchi Onyewu (Milan) e o jovem colombiano Santiago Arias. Em princípio, o peruano e Onyewu devem render Anderson Polga e Daniel Carriço e formar uma dupla mais forte do ponto de vista físico. Nas laterais, há o ingresso de João Gonçalves (emprestado ao Olhanense) para a direita e a chegada do francês Atila Turan do Grenoble de França.

No meio-campo, existem muitos reforços mas que na maioria soam mais como apostas do que efectivamente certezas. O mais conhecido do adeptos portugueses é Luís Aguiar, que estava no Peñarol e que teve uma boa passagem pelo Braga. Stijn Schaars, oriundo do AZ ALkmaar, foi capitão do clube holandês, destacou-se no campeonato que valeu o título (Eredivisie) em 2008/2009 e esteve no último campeonato do Mundo. Tem características de liderança e organização de jogo que estavam em falta em Alvalade, mas necessitará de adaptação ao ritmo do futebol português, já que passou toda a carreira na Holanda. De Espanha, e concretamente do Sevilha chega Diego Capel, o espanhol de 23 anos é um extremo-esquerdo de boa qualidade e que vai garantir maior largura no ataque através da sua verticalidade e velocidade.

Mas ambos terão concorrência difícil, já que o russo Izmailov, enfim, parece recuperado das lesões sistemáticas e polémicas que tem marcado a sua passagem pelo Sporting e, que em condições normais, é um natural titular. Além disso, permanece no plantel o irregular, mas reconhecidamente bom jogador chileno Matías Fernandez, provável concorrente de Luis Aguiar e Schaars, caso a equipa jogue com três homens no meio-campo com apenas um a ligar o sector ofensivo.

Já Fabián Rinaudo é um médio-defensivo que apesar de ter descido com o Gimnasia La Plata para a segunda divisão argentina, era o grande nome da equipa, chegado a ser mesmo convocado para a Albiceleste. Deverá fazer dupla com André Santos, uma vez que o sector de médios defensivos foi o que sofreu mais perdas, com as rescisões de Zapater, Maniche e Pedro Mendes. Esta última, aliás, talvez a dispensa mais inexplicável, vista a experiência do internacional português e o rendimento dele ser proporcionalmente melhor que grande parte da equipa.


Na frente de ataque, "sobreviveram" Hélder Postiga e Yannick Djaló. Mas a dupla da casa terá séria concorrência. O nome mais forte é o búlgaro Valeri Bojinov, ex-jogador do Parma e com larga experiência no futebol italiano. Ricky van Wolfswinkel, ex-Utrecht, foi um dos principais goleadores da Liga Holandesa (Eredivisie) passada e tem a seu favor a capacidade de jogar também a 10. Já o peruano André Carrillo, grande esperança do futebol daquele país, desponta como "rookie" do ataque. Sabe actuar em ambos os lados do ataque, o que lhe pode ser um diferencial. Também bastante jovem (18 anos), o promissor avançado chileno, Diego Rubio, chegou do Colo Colo. Diego Rubio é apontado como uma das grandes promessas chilenas da actualidade e destacou-se nos últimos meses com vários golos.

Em relação aos empréstimos, o Sporting cedeu Diogo Salomão, uma boa surpresa de 2010/2011, ao Deportivo. Também poderia tranquilamente disputar a posição entre os selecionáveis leoninos. Porém, a oportunidade em Espanha e a responsabilidade de ajudar o histórico clube da Corunha em regressar à elite pode ajudar-lhe a amadurecer.

Mas as grandes perspectivas estão mesmo no banco, com a chegada de Domingos Paciência para treinador. As credencias são as melhores, e até por isso, entende-se que o grupo com o qual contará tenha alguns de seus jogadores mais importantes da época no Sp. Braga, como os "antigos" João Pereira e Evaldo e os "novatos" Rodriguez e Luis Aguiar.

Domingos Paciência já demostrou ser um treinador competente, algo que tem faltado ao Sporting nos últimos anos, e terá um grupo tecnicamente superior ao do Braga para trabalhar, ainda que tenha que organizar e planear toda uma nova estrutura. Se em Braga, a pressão de resultados não é comparável aos três "grandes", sabe-se que, em Alvalade, o tempo e a margem de erro serão curtas.

Em conclusão, o Sporting depois de um longo tempo de hibernação iniciará a época 2011/2012 com alguma perspectiva. A possibilidade mais palpável de regressar à Liga dos Campeões, derivado a Portugal dispôr no próximo ano três vagas na Champions, é hoje foco principal do clube - ainda que o discurso seja o de lutar pelo título, actualmente ainda inviável, visto que FC Porto e Benfica tem equipas mais fortes em teoria. De qualquer forma, a intensa movimentação sportinguista neste defeso 2011/2012 é, já, uma boa surpresa para a época que está prestes a começar.

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24 junho, 2011

Subidas e Descidas. Consagrados e Estreantes do Futebol europeu 2010/2011


Para fechar de vez o que foi a temporada 2010/2011, destaco as subidas e descidas do futebol europeu com particular incidência para as segundas ligas dos principais campeonatos.

A Segunda Liga e demais inferiores são normalmente parte secundária da atenção dos amantes do futebol. Por norma são campeonatos pautados pela competividade e apenas a presença de emblemas históricos atraem a curiosidade do grande público. A época 2010/2011 teve um número incomum desses clubes que pela sua história encaixam nesse perfil. Falo do Belenenses, em Portugal, como também do Torino e Atalanta, na Itália, Leeds e Nottingham Forest, na Inglaterra, Hertha Berlim, na Alemanha, e Bétis e Valladolid, na Espanha, e nem todos conseguiram o desejado regresso à elite.

Também houve espaço para clubes de pequenas cidades, mais recentes ou com menos tradição, que geralmente complicam a vida de qualquer equipa quando actuam nos seus campos, e que pela regra terminam a meio da tabela classificativa e raramente conseguem a promoção. São os casos de Feirense, Novara, Swansea, Augsburgo e Granada, que ignoraram os prognósticos e conseguiram ascender à elite das ligas mais importantes do velho continente.

Em Portugal, o Gil Vicente sagrou-se campeão da Liga Orangina (Liga de Honra), com o Feirense, da cidade de Santa Maria da Feira a chegar também à Primeira Liga, 21 anos depois da terceira e última presença (1989/1990) dos fogaceiros no escalão maior do futebol português. No caminho oposto, Portimonense e Naval da Figueira da Foz fazem agora parte do campeonato do Belenenses, Leixões e Estoril, clubes com muita história. Do terceiro escalão (Segunda Divisão Nacional) fazem agora parte dos campeonatos profissionais Atlético Clube Portugal e União da Madeira, duas equipas com um passado rico entre os maiores, especialmente o clube da tapadinha que chegou a ser um dos clubes "clássicos" dos anos 60. Na segunda divisão caiu outro histórico, o Varzim e um sobe e desce - o Fátima.

Em Inglaterra, os londrinos do Queens Park Rangers beneficiado pela boa situação financeira garantiu o acesso à Premier League com relativa tranquilidade, mantendo a liderança desde o início e garantindo o título com 88 pontos, sem sobressaltos. O principal destaque da equipa comandada pelo treinador Neil Warnock foi o médio marroquino Adel Taarabt, capitão e melhor-marcador com 19 golos e já cobiçado por Arsenal e Chelsea. O seu companheiro de posição Alejandro Faurlin e o lateral esquerdo Kyle Walker também chamaram a atenção, e o segundo inclusive já acertou com o Aston Villa para 2011/2012.

O segundo classificado foram os "canarinhos" do Norwich, que somou 84 pontos e teve o melhor ataque da competição, com uns impressionantes 83 golos marcados em 46 jogos. Durante boa parte do campeonato, a equipa do norte de Inglaterra permaneceu no embrulho dos primeiros posicionados, e a promoção chegou com um “sprint final” de quatro vitórias e um empate nas últimas cinco jornadas e a consequente ultrapassagem sobre Swansea, Cardiff e Reading. O destaque da equipa foi o avançado Grant Holt, autor de 21 golos.

Ao contrário de Queens Park Rangers e Norwich, o Swansea nunca tinha conseguido disputar a Premier League e é o primeiro clube do País de Gales a disputar a competição. A última vaga chegou após conseguir o terceiro lugar, com 80 pontos, e a vitória nos play-offs, eliminando o Nottingham Forest na meia-final e batendo o Reading na grande final de Wembley (foto no início do post) por 4-2. O destaque do clube galês foi o médio Scott Sinclair, autor de 19 golos.

Os agora promovidos substituem Birmingham, Blackpool e West Ham, despromovidos na Premier League. Preston, Sheffield United e Scunthorpe United desceram à terceira divisão inglesa.

Em Espanha, na longa Liga Adelante, quem deu cartas foi o Betis de Sevilha, que somou 83 pontos e ficou com o título de campeão, garantindo o regresso à primeira divisão, de onde havia sido despromovido em 2008/2009. O clube teve como ponto forte o seu ataque, o melhor da competição a par do Barcelona B, com 85 golos, 57 deles marcado pelo trio formado por Rubén Castro, com 26, Jorge Molina, com 18, e Achile Emaná, com 13. O treinador da equipa, Pepe Mel, já renovou contrato e permanece em 2011/2012.

O Rayo Vallecano, segundo classificado com 79 pontos, lutou com o Betis até ao fim pelo título e garantiu o acesso com jornadas por disputar. A subida da equipa, que não disputava a primeira divisão desde 2003, estabelece um marco histórico no futebol em Espanha, porque, pela primeira, quatro clubes de Madrid fazem parte da elite da La Liga (os outros são Real Madrid, Atlético de Madrid e Getafe). O principal destaque do clube foi o médio ofensivo argentino Emiliano Armenteros, que marcou 20 golos.

Na terceira posição ficou o Barcelona B, de Nolito (agora no Benfica) e Jonathan Soriano, melhor marcador da Segunda Liga com 32 golos. Mas como a filial do Barça não pode subir de divisão (pelas regras), a última vaga foi disputada por Elche, Granada, Celta de Vigo e Valladolid, que terminaram nas posições subsequentes. O Granada levou a melhor após eliminar o Celta de Vigo nas grandes penalidades nas meias-finais dos play-offs e o Elche na final com dois empates, por 0-0 e 1-1 (fora), com o golo marcado fora pelo nigeriano Odion Ighalo. Com isso, o clube regressou à elite espanhola após 35 anos de ausência.

Os promovidos ocuparam os postos deixados por Deportivo da Corunha, Hércules e Almería, despromovidos à Liga Adelante. Salamanca, Tenerife, Ponferradina e Albacete desceram para a terceira divisão.

Na Itália, a Atalanta recuperou facilmente da descida em 2009/2010 e teve nítida superioridade sobre os demais clubes. A equipa terminou a competição com 79 pontos, dois a mais que o segundo Siena, e o ponto positivo foi a manutenção da equipa-base formada por jogadores que já conhecem o clube e têm identificação com os tifossi. É o caso, por exemplo, do guarda-redes Andrea Consigli, do defesa Giampaolo Bellini e do médio Cristiano Doni, este último com 38 anos. O melhor marcador foi o avançado Simone Tribocchi, com 14 golos marcados.

Outro dos despromovidos em 2009/2010, o Siena tratou também de erguer-se e voltar logo à elite italiana. Chegou a liderar a competição, mas uma pequena série de maus resultados no fim fez com que fosse ultrapassado pela Atalanta e ficasse com o segundo lugar. O clube apostou numa mescla entre juventude e experiência, com nomes como Simone Vergassola dando suporte a destaques recentes das seleções jovens italianas, como Luca Marrone e Ciro Immobile, ambos emprestados pela Juventus.

A última vaga para a Serie A ficou com o surpreendente Novara, que ficou na terceira posição e conseguiu lugar nos play-offs, derrotando então Reggina e Padova. A equipa do norte de Itália, regressa ao convívio dos grandes após 55 anos de ausência, e teve como principais destaques os avançados Cristian Bertani, com 17 golos, e Pablo González, que facturou outras 15 vezes. E este Novara, que pessoalmente só conhecia pela modalidade de Hóquei Patins será uma das atrações da próxima época, e que terá a vantagem de utilizar no seu estádio um relvado sintético para amealhar pontos.

Para a Serie B, cairam a Sampdória, Brescia e Bari. Triestina, Portosummaga, Fonsione e Piacenza desceram à Serie C.

Tal como em Inglaterra, Espanha e Itália, a Segunda Liga alemã (2.Bundesliga) foi marcada pela promoção de um clube com muita tradição, o Hertha Berlim, e outro praticamente desconhecido do grande público, o Augsburgo, que será estreia absoluta na primeira divisão. O Bochum, terceiro classificado, disputou um play-off com o Borussia Mönchengladbach, mas acabou derrotado e permanece na segunda divisão em 2011/2012.

O Hertha Berlim, despromovido em 2009/10, liderou o campeonato desde o início e venceu com folga, mostrando-se uma equipa coesa e confiável e capaz de manter-se na primeira divisão em 2011/2012. Destaque da equipa, o colombiano Adrián Ramos, autor de 15 golos. O regresso do clube marca também a volta do futebol de primeira à capital alemã.

O Augsburgo, por sua vez, teve uma vida um pouco mais difícil, pois passou todo o campeonato nas primeiras posições, mas sofreu uma certa irregularidade, garantido um lugar directo apenas na última jornada por ter um gol-average superior ao Bochum. A equipa teve como pontos de referência o experiente guarda-redes Simon Jentzsch, que foi dono da baliza do Wolfsburgo alguns anos, além do avançado Nando Rafael, autor de 14 golos.

Os dois promovidos substituem Eintracht Frankfurt e Sankt Pauli, despromovidos para a segunda Liga. Osnabrück, Rot-Weiss Oberhausen e Aminia Bielefeld desceram à terceira divisão da Alemnha.

Restantes subidas e descidas do futebol europeu

França
Subiram: Evian (campeão), Ajaccio e Dijon
Desceram: Vannes, Nimes e Grenoble

Holanda
Subiram: RKC Waalvijk
Desceu: Almere City

Bélgica
Subiram: OH Leuven (campeão) e Mons
Desceram: Rupel Boom, Tournai e Turnhout

Rússia
Subiram: Kuban (campeão), Volga Nizhny Novgorod e Krasnodar (secretaria)
Desceram: Dynamo São Petersburgo, Salyut Belgorod, Rotor Volvogrado, Irtysh Omsk e Avangard Kursk

Ucrânia
Subiram: Oleksandria (campeão) e Chornomorets
Desceram: Prykarpattya e Feniks Ilichovets

Grécia
Subiram: Panaitolikos e PAS Giannina
Desceram: Anagennisi Karditsas e Kallithea

Turquia
Subiram: Mersin Idmanyurdu, Samsunspor e Orduspor
Desceram: Altay e Diyarbakispor

Áustria
Subiu: Admira Wacker
Desceu: Gratkorn

Suíça
Subiram: Lausanne Sports (campeão) e Servette
Desceram: Schaffhausen e Yverdon Sport

Escócia
Subiu: Dunfermline
Desceram: Stirling Albion e Cowdenbeath

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19 junho, 2011

Nuno Gomes: Fim da aventura Benfica


A saída de Nuno Gomes do Benfica colocou fim a uma ligação de 12 anos de àguia ao peito. No total fez 166 golos e conquistou sete títulos com a camisola 21 do Benfica, entre eles dois campeonatos nacionais. Para muitos adeptos, Nuno Gomes foi um grande jogador do clube, um símbolo, talvez o mais popular da última década, para outros apenas um produto de marketing bem trabalhado. Na verdade, Nuno Gomes, viveu de tudo nesta longa passagem pelo Benfica. Atravessou a pior fase desportiva e financeira da historia do clube nos finais dos anos 90, como também contribuiu em grandes jornadas nacionais e internacionais.

Talvez a saída de Nuno Gomes tenha surpreendido boa parte, mas para os mais atentos, o capitão deixara de ser opção desde a chegada de Jorge Jesus. Ao longo das últimas duas épocas, J.J. utilizou Nuno Gomes em 21 jogos (2009/2010), mas somente cinco como titular. No total, acomulou, 492 minutos - equivalente a pouco mais de cinco jogos completos - e quatro golos.

Já na última temporada (2010/2011), o aproveitamento foi ainda menor: 12 jogos, sempre como suplente, e apenas 75 minutos em campo. O número de golos assinalados, curiosamente, foi ainda maior (cinco). Uma interessante média de um golo a cada 15 minutos. Apesar disso, Jorge Jesus e o Benfica pretendiam que Nuno Gomes passasse a dirigente. O jogador, por sua vez, queria dar sequência à carreira e, provavelmente, pendurar as botas no final de 2012. O Benfica, então, não renovou o seu contrato, e o avançado rumou a Braga.


O adeus de Nuno Gomes marca o fim de uma ligação iniciada em 1997, quando o jogador, foi transferido do Boavista - onde iniciou a carreira profissional e conquistou a Taça de Portugal contra o própro Benfica - para rumar à Luz. Foram três épocas brilhantes, ainda que sem qualquer título, com 76 golos em 124 partidas. O sucesso levou-o à selecção portuguesa e abriu-lhe portas para uma transferência (13 milhões de euros) para o futebol italiano para representar a Fiorentina. Dois anos volvidos, regressa ao Benfica devido à falência do clube de Florença.

O regresso à Luz foi também a oportunidade de conquistar o que faltou na sua primeira passagem: títulos. Venceu a Taça de Portugal em 2004 e a Liga Portuguesa em 2005, além da Supertaça, também no mesmo ano. Homem de muitos golos, Nuno Gomes infelizmente nunca venceu o troféu de melhor marcador da Liga, muito também por culpa de algumas lesões em fases importantes da época.

A importância de Nuno Gomes na equipa foi recompensada em 2007, ao receber a braçadeira de capitão, então pertencente a Rui Costa. Apesar disso, anualmente, o Benfica trazia novos reforços para a linha avançada, e em muitos casos, foi Nuno Gomes o "sacrificado" para ir ao banco. À medida que a temporada decorria, porém, lá estava o "eterno" novamente no onze. Mantorras, Reyes, David Suazo e Miccoli estiveram entre os "concorrentes" que, em dado momento, viram o seu espaço reocupado pelo camisola 21.

No entanto, quando chegou Jorge Jesus e Saviola, as coisas mudaram. O argentino assumiu dupla com Oscar Cardozo - este o primeiro a "vencer" a concorrência de Nuno Gomes - e o atacante de 34 anos acabou relegado para suplente. Além disso, vieram mais quatro avançados (Kardec, Weldon, Eder Luís e Keirrison) para ampliar a concorrência. A incontestável conquista do título com a dupla sul-americana na frente de ataque e as regulares presenças de Éder Luís e Kardec foram o primeiro sinal que o futuro de Nuno Gomes estava ameaçado na Luz.

O segundo sinal foi justamente o facto de Cardozo ter feito uma época 2010/2011 medíocre e Saviola ter tido um desempenho muito inferior ao da temporada anterior. Kardec, foi outro que não correspondeu, e o recém-chegado Franco Jara acabou como 12º jogador da equipa. Nuno Gomes, mesmo com sua experiência e eficiência quando esteve em campo (golos marcados), foi ainda menos requesitado, o que aumentou a especulação de que os seus dias na Luz estariam contados.


De facto, Nuno Gomes já não é o mesmo de há quatro anos atrás. Ainda tem qualidade de passe e posicionamento. Mas a sua reacção e velocidade estão bem mais reduzidas. É também verdade que Nuno Gomes podia eventualmente permancecer no plantel, principalmente pela importância e consenso que gerava entre os seus companheiros. Porém, é até compreensível que o Benfica o tenha dispensado em vez de ter um jogador mais um ano sem jogar. Fica a ganhar Nuno Gomes, que terá oportunidade de faze-lo em Braga, e o Benfica, que num futuro próximo o fará certamente regressar para assumir outras funções.

No Sporting de Braga, o seu próximo destino, Nuno Gomes deverá fazer dupla com Lima e ter fornecedores como Alan e Paulo César, no que promete ser um dos ataques mais temíveis da Liga Portuguesa. Independente disso, os adeptos e fãns terão, em 2011/2012, a provável última oportunidade de ver um dos ídolos do futebol português dos últimos 14 anos.

Nuno Gomes



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18 junho, 2011

Vítor Pereira: Que esperar do novo treinador do FC Porto?


O sucesso do FC Porto na época 2010/2011, teve um impacto tão surpreendente no futebol português e europeu, quanto a saída de André Villas-Boas para o Chelsea um mês depois de ter levantado a Taça da Liga Europa. Se alguém esperava este cenário? Sim, mas não agora e da maneira como se procedeu. Acreditava-se que Villas-Boas fizesse o segundo ano no FC Porto, com o sonho de repetir (porque não) o trajecto desportivo de José Mourinho, e fechar o ciclo no dragões.

O precipitado adeus de Villas-Boas deixou marcas nos adeptos, que na sua grande maioria, consideram-no um traidor. A principal revolta está, por assim dizer, na forma como a saída se veio a verificar. Há pouco tempo, Villas-Boas tinha um novo vínculo com o Porto e insistira no discurso que estava no cargo de seus sonhos. Além disso, o próprio AVB "mandou" umas indirectas a Mourinho pela forma como este saiu do clube e pela maneira arrogante como individualizou o mérito da sua conquista na Champions em 2004.

Rei-morto, Rei-posto, os portistas não precisaram procurar muito para encontrar um substituto. O nome de Vítor Pereira, adjunto até então de Villas-Boas avançou para o suceder no banco do dragão. Vítor Pereira, não é definitvamente um nome muito conhecido pela maioria dos adeptos do futebol, passando apenas por clubes pequenos como a Sanjoanense, Espinho, Santa Clara, e dirigiu uma das equipas da formação do próprio FC Porto. Fez um trabalho razoável no Santa Clara, chegando por duas vezes à última jornada da Liga de Honra com hipóteses de subir, mas sem conseguir o objectivo.


Não sendo um treinador de primeira linha, pesa a favor de Vítor Pereira ser português e bastante conhecedor do material humano que vai dirigir. É conhecido pelo seu enorme apelo táctico, juntando a componente do estudo do jogo. É também um técnico "da casa", por assim dizer, tanto no ponto de vista de formação técnica como de coração (é portista assumido).

Outro factor relevante, é o facto de ter chegado, enfim, ao cargo que esperava desde que foi anunciado como adjunto de André Villas-Boas, em 2010. Na ocasião, rejeitou convites para treinar a Académica (foi Jorge Costa) e Paços de Ferreira. Conhece bem a equipa que terá em mãos, embora não demonstre ter o mesmo estilo enérgico de José Mourinho ou Villas-Boas, mas, como foi dito, além de conhecedor de futebol, é da escola portista.

Por sua vez, Vítor Pereira é um treinador que não tem ainda qualquer experiência na primeira Liga - e apesar de mais jovem, Villas-Boas já tinha feito um bom trabalho na Académica e acomulado uma grande "bagagem" como adjunto de Mourinho. Vítor Pereira, quer queira ou não, estará na sombra do ex-treinador portista e terá constante avaliação dos adeptos na capacidade de repetir as conquistas nacionais, não podendo também descurar a Liga dos Campeões.

Além disso, as próprias incertezas do actual mercado de transferências podem crescer com a saída de Villas-Boas. E as duas primeiras são Falcao e João Moutinho, ambos na mira do novo treinador do Chelsea - que também deseja Hulk. Fernando é ainda dúvida, tal como Rolando, que já desejou publicamente sair para nova aventura. Se André Villas-Boas tivese ficado, a garantia da continuidade do trabalho que trouxe o sucesso (inclusive europeu) era claramente maior, bem como a confiança justificada para que estes jogadores permanecessem.

Agora sem André Villas-Boas, a força negocial de Pinto da Costa terá que ser decisiva na tentativa de resistir à pressão da venda de jogadores. Caso seja mantida a base da equipa, é provável que Vítor Pereira não altere a forma de jogar de Villas-Boas, e, tal como o antecessor, encontre aos poucos forma de dar a sua cunha pessoal à equipa. Veremos em próximos capitulos como este novo cenário será encarado e como Vítor Pereira vai reagir ao maior desafio da sua vida profissional.

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17 junho, 2011

Calendário da Liga Portuguesa 2011/2012 - Todas as jornadas


O sorteio das competições profissionais da época 2011/2012 já é conhecido. Além do calendário da Liga Portuguesa (Zon Sagres) e da Liga de Honta (Orangina), foram apuradas as datas dos jogos da 1ª Fase da Taça da Liga (bwin cup).

A Liga Zon Sagres arranca no dia 14 de Agosto, enquanto a Liga Orangina tem início uma semana depois, a 21 de Agosto. A 1ª Fase da bwin cup tem jogos agendados para os dias 31 de Julho, 7 e 14 de Agosto.

Quanto aos jogos da primeira jornada, o FC Porto, campeão nacional, vai estrear-se na Liga de futebol 2011/12 com uma difícil deslocação ao terreno do Vitória de Guimarães, enquanto que o Benfica visita o regressado Gil Vicente. Na 1.ª jornada do campeonato português, os “dragões”, agora com Vítor Pereira no comando, vão iniciar a defesa do título em Guimarães, naquela que será a reedição da final da Taça de Portugal da última temporada, em que o FC Porto venceu por 6-2. Por seu lado, o Benfica, segundo classificado em 2010/11, vai “apadrinhar” o regresso do Gil Vicente à Liga , com uma deslocação a Barcelos. Em teoria, o Sporting terá a tarefa mais fácil dos chamados três “grandes”, ao receber no Estádio de Alvalade o Olhanense, equipa que lutou pela manutenção. O Braga, equipa sensação da Liga nas duas últimas temporadas, inicia a competição no terreno do Rio Ave.

Clássicos

Tal como em 2010/11, quando o FC Porto recebe o Benfica na 6ª jornada, a 25 de Setembro, no Dragão. O dérby de Lisboa será disputado, na Luz, na 11ª jornada, no último fim-de-semana de Novembro. O outro clássico do campeonato será na penúltima jornada, em Alvalade, e já em Janeiro de 2012.

FC Porto – Benfica, 6.ª jornada
Benfica – Sporting, 11.ª jornada
Sporting – FC Porto, 14.ª jornada


Foram também conhecidos os quatro grupos que compõem a primeira fase da Taça da Liga (bwin Cup) 2011/2012, que contará apenas com equipas da Liga de Honra. Seguem para a fase seguinte os dois primeiros classificados de cada grupo.

Grupo A - Belenenses, Leixões, Penafiel, Trofense,
Grupo B - Arouca, Sp. Covilhã, Naval, Santa Clara
Grupo C - Atlético, Freamunde, Moreirense, Portimonense
Grupo D - Desportivo Aves, Estoril, Oliveirense, União da Madeira

Calendário de Jogos da Liga Zon/Sagres 2011/2012

Jornada 1: 15/08/2011 (Jornada 16: 22/01/2012)

Feirense - Nacional da Madeira
Gil Vicente - Benfica
Vitória Guimarães - FC Porto
Marítimo - Beira Mar
Rio Ave - Sp. Braga
Sporting - Olhanense
União Leiria - Académica
Vitória Setúbal - Paços Ferreira

Jornada 2: 21/08/2011 (Jornada 17: 29/01/2012)

Académica - Rio Ave
Beira Mar - Sporting
Benfica - Feirense
FC Porto - Gil Vicente
Nacional - V.Guimarães
Olhanense - V. Setúbal
Paços Ferreira - U. Leiria
Sp. Braga - Marítimo

Jornada 3: 28/08/2011 (Jornada 18: 12/02/2012)

Feirense - Paços Ferreira
Gil Vicente - Académica
V.Guimarães - Beira Mar
Nacional - Benfica
Rio Ave - Olhanense
Sporting - Marítimo
U. Leiria - FC Porto
V. Setúbal - Sp. Braga

Jornada 4: 11/09/2011 (Jornada 19: 19/02/2012)

Académica - Nacional
Beira Mar - U. Leiria
Benfica - V.Guimarães
FC Porto - V. Setúbal
Marítimo - Rio Ave
Olhanense - Feirense
Paços Ferreira - Sporting
Sp. Braga - Gil Vicente

Jornada 5: 18/09/2011 (Jornada 20: 26/02/2012)

Benfica - Académica
Feirense - FC Porto
Gil Vicente - Olhanense
V.Guimarães - Sp. Braga
Nacional - Paços Ferreira
Rio Ave - Sporting
U. Leiria - Marítimo
V. Setúbal - Beira Mar

Jornada 6: 27/09/2011 (Jornada 21: 04/03/2012)

Académica - Feirense
Beira Mar - Rio Ave
FC Porto - Benfica
Marítimo - V.Guimarães
Olhanense - U. Leiria
Paços Ferreira - Gil Vicente
Sp. Braga - Nacional
Sporting - V. Setúbal

Jornada 7: 02/10/2011 (Jornada 22: 11/03/2012)

Académica - FC Porto
Benfica - Paços Ferreira
Feirense - Marítimo
Gil Vicente - Beira Mar
V.Guimarães - Sporting
Nacional - Olhanense
U. Leiria - Sp. Braga
V. Setúbal - Rio Ave

Jornada 8: 23/10/2011 (Jornada 23: 18/03/2012)

Beira Mar - Benfica
FC Porto - Nacional
Marítimo - V. Setúbal
Olhanense - V.Guimarães
Paços Ferreira - Académica
Rio Ave - U. Leiria
Sp. Braga - Feirense
Sporting - Gil Vicente

Jornada 9: 30/10/2011 (Jornada 24: 25/03/2012)

Académica - Sp. Braga
Benfica - Olhanense
FC Porto - Paços Ferreira
Feirense - Sporting
Gil Vicente - Marítimo
V.Guimarães - Rio Ave
Nacional - Beira Mar
U. Leiria - V. Setúbal

Jornada 10: 06/11/2011 (Jornada 25: 01/04/2012)

Beira Mar - Feirense
Marítimo - Académica
Olhanense - FC Porto
Paços Ferreira - V.Guimarães
Rio Ave - Nacional
Sp. Braga - Benfica
Sporting - U. Leiria
V. Setúbal - Gil Vicente

Jornada 11: 27/11/2011 (Jornada 26: 08/04/2012)

Académica - Beira Mar
Benfica - Sporting
FC Porto - Sp. Braga
Feirense - Rio Ave
Gil Vicente - U. Leiria
V.Guimarães - V. Setúbal
Nacional - Marítimo
Paços Ferreira - Olhanense

Jornada 12: 11/12/2011 (Jornada 27: 22/04/2012)

Beira Mar - FC Porto
Marítimo - Benfica
Olhanense - Académica
Rio Ave - Gil Vicente
Sp. Braga - Paços Ferreira
Sporting - Nacional
U. Leiria - V.Guimarães
V. Setúbal - Feirense

Jornada 13: 18/12/2011 (Jornada 28: 29/04/2012

Académica - Sporting
Benfica - Rio Ave
FC Porto - Marítimo
Feirense - U. Leiria
V.Guimarães - Gil Vicente
Nacional - V. Setúbal
Olhanense - Sp. Braga
Paços Ferreira - Beira Mar

Jornada 14: 08/01/2012 (Jornada 29: 06/05/2012)

Beira Mar - Sp. Braga
Gil Vicente - Nacional
V.Guimarães - Feirense
Marítimo - Olhanense
Rio Ave - Paços Ferreira
Sporting - FC Porto
U. Leiria - Benfica
V. Setúbal - Académica

Jornada 15: 15/01/2012 (Jornada 30: 13/05/2012)

Académica - V.Guimarães
Benfica - V. Setúbal
FC Porto - Rio Ave
Feirense - Gil Vicente
Nacional - U. Leiria
Olhanense - Beira Mar
Paços Ferreira - Marítimo
Sp. Braga - Sporting

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Calendário completo da Liga Portuguesa 2011-2012
Calendário completo da Liga de Honra 2011-2012
Calendário completo da Taça da Liga 2011-2012

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