31 maio, 2011

Triste destino II: Mónaco na segunda divisão sem glamour


Na continuação do artigo "triste destino", a nossa viagem passa hoje pelo principado, para esbater um pouco as maleitas que atiraram o AS Mónaco para a segunda divisão da Liga Francesa. Eu recordo para quem esteve atento, que inclui o Mónaco na primeira crónica dos quatro grandes clubes europeus despromovidos esta temporada. Ainda faltava uma jornada, mas estava claro que face ao opositor (Lyon) e ao adversário directo pela permanência jogar em casa (Nice) o destino estava traçado.

Foram 34 anos consecutivos a jogar na máxima elite do futebol francês, onde há apenas onze anos, o Mónaco comemorava a conquista de seu 11º campeonato francês. Há sete anos, o AS Mónaco por pouco não alcançou a maior glória da sua história, quando o FC Porto os derrotou na final da Liga dos Campeões. A época 2010/2011 entra para a história do clube do principado como uma página triste diante de tantos bons momentos vividos recentemente. Em queda abismal, os monegascos amargaram uma inacreditável despromoção, logo no seu jogo 2000 na Ligue 1.


Ironicamente, o homem que há onze anos conduziu o Mónaco ao título da Liga Francesa foi agora o responsável pela queda à segunda divisão. Claude Puel conquistou o seu primeiro título como técnico no AS Mónaco, mas agora dependia de um bom resultado diante da equipa do principado para salvar a sua pele no Lyon. A vitória por 0-2 apenas não confirmou o apuramento do Lyon para a Liga dos Campeões como também deu um sopro de alívio ao treinador.

Mesmo a jogar no Estádio Louis II anormalmente bem composto, o Mónaco exibiu os seus problemas acumulados ao longo da presente temporada. Com a necessidade de impor o seu jogo diante do adversário, o Mónaco sucumbiu por não ter um mínimo de qualidade no seu meio-campo. A falta de criatividade saltou aos olhos e era apenas uma questão de tempo para os visitantes abrirem o marcador.

Sem forçar muito, o Lyon fez o óbvio: derrotou um adversário entregue ao destino, que pouco fez para esboçar uma reacção. Sabia-se desde que à partida para este decisivo jogo que o Mónaco tinha a missão espinhosa para escapar da descida, mas a apatia da equipa, para quem deveria entregar a "vida" para tentar um último esforço de salvação, fez os adeptos perderem qualquer tipo de esperança.


Já há algum tempo, que a direcção do Mónaco andava a cometer inúmeros pecados na administração desportiva para afundar o clube, como acabou por se confirmar. A paciência nunca foi uma virtude dos dirigentes responsáveis, que trataram sempre de interromper projectos a longo prazo logo que os maus resultados desportivos imperaram. Como sempre, a corda rompeu para o lado mais fraco, e os treinadores demitidos foram o prato principal, sem nunca ter havido tempo necessário para um trabalho de fundo.

O Monaco também falhou noutro propóstito. Ao apostar num conjunto de jogadores repleto de jovens e com pouca experiência, o clube do principado ignorou na necessidade de ter alguém experiente em campo para assegurar a tranquilidade necessária nos momentos de oscilações. Não houve essa figura, nem alguém com a qualidade necessária para comandar a equipa e lhes dar alguma referência de qualidade no estilo de jogo. Ainda assim, o sul coreano Park Chu-Young, fez 12 golos, e foi o melhor da equipa.

Para a história deste campeonato, o Mónaco conseguiu uns insuficientes 44 pontos - 9 vitórias em 34 jornadas, 17 empates e 12 derrotas. Marcaram uns míseros 36 golos e sofreram 40.

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