15 junho, 2010

Vuvuzelas marcam este Mundial 2010


É impressionante que a maior competição mundial de futebol é badalada não pelas equipas ou adeptos que nela participam, mas sim por um objecto de nome Vuvuzela que é utilizada em todos os jogos pelos diversos estádios.

A Fifa parece não querer atender às manifestações de quem paga ou vê os jogos pela televisão. O ruído estridente como o de um enxame de abelhas, ou de uma manada de elefantes abafa qualquer outro som vindo da bancadas. Cânticos ou um simples bruáa é praticamente inaudível no meio de milhares de vuvuzelas.

Criada por um adepto fanático de um clube de Joanesburgo, o Kaizer Chiefs, a vuvuzela – a corneta de plástico – é o 12º jogador sul-africano. É o som predominante, capaz de incomodar os jogadores nos estádios e os telespectadores diante da televisão. A vuvuzela original, de cerca de 1 metro de comprimento, deu origem a outras versões. Há a momozela, menor e mais estridente; e a vuthela, de tamanho médio.

Todas podem fazer mal aos ouvidos, além de nos irritar profundamente. Estudos mostram que, num estádio com 30 mil pessoas, os picos de barulho chegam a 140 decibéis – e a média durante duas horas ficou na casa dos 100. Os médicos desaconselham a exposição acima dos 137 decibéis. A mania, chata mas alegre, virou marca registrada da África do Sul e promete levar muito gente ao médico Otorrinolaringologista.

De Wet Swanepoel, investigador da Universidade de Pretória, é um dos autores do estudo publicado no South African Medical Journal sobre os perigos das vuvuzelas para a audição, trabalho em que colaborou com James Hall, da Universidade da Florida.

Seria melhor se a FIFA proibisse a utilização de vuvuzelas nos estádios, como foi pedido por alguns jogadores e cadeias de televisão após a Taça das Confederações, em 2009?

É uma pergunta difícil, porque a FIFA já as aprovou. E a vuvuzela é uma parte importante da cultura do futebol sul-africano, pelo que seria difícil bani-las dos estádios. A vuvuzela é algo que ajuda a tornar único o futebol na África do Sul. Mas estamos preocupados com a audição das pessoas.

A melhor solução para quem for ao estádio é levar protecção nos ouvidos?

O melhor é adoptarmos medidas preventivas. Como a FIFA já aprovou as vuvuzelas e elas fazem parte da nossa cultura, o melhor é usar protectores de ouvidos, daqueles que se podem comprar na farmácia. A nossa mensagem é que as pessoas devem saber que as vuvuzelas são muito ruidosas. E se alguém soprar numa vuvuzela mesmo ao nosso lado isso é suficientemente alto para causar perdas de audição. As pessoas não se devem aproximar muito das vuvuzelas.

Os adeptos ficam no estádio duas a três horas. Esse tempo é suficiente para sofrerem danos na audição?

O que o nosso estudo mostra é que, em duas horas de exposição, as pessoas já sofreram algumas mudanças na audição. Algumas pessoas são mais afectadas do que outras. Há quem só com estas duas ou três horas possa desenvolver algum nível de surdez, mas outras não. E há estudos anteriores que provam que as crianças são mais vulneráveis.

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4 comentários:

  1. só vou ver apenas os jogos de Portugal e com o som bem baixinho. Essas vuvuzelas acabam com qualquer interesse pelo jogo.

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  2. Quanto às vuvuzelas acho q quanto mais se queixam mais altos os outros tocam. É uma moda há-de passar.

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  3. já me habituei a este bicho chamado Vuvu. Que ninguém em portugal se lembre de trazer isto para o nosso campeonato.

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  4. A moda pegou, até os estrangeiros presentes na Africa do Sul sopram naquilo. Se não podes vencer a guerra junta-te a eles!

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